29 de March de 2024
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Voz Livre dos Povos em um Deserto Informativo

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Buenos Aires, 18 jun (Prensa Latina) A história da criação da Agência Prensa Latina em Cuba, há 62 anos, em 16 de junho de 1959, tem toda a magia de uma autêntica criação revolucionária.

Já estava dada a certeza de que sua criação aconteceria, quando desde a Serra Maestra, em meio à luta heroica dos revolucionários cubanos, sua direção compreendeu que a divulgação da verdade dos sucessos alcançados era tão importante quanto o triunfo das armas. Uma outra guerra a ser travada naqueles dias e para sempre.

Muito se escreveu sobre esses momentos gloriosos e a narrativa se torna uma lenda, rica em nuances.

O fogo daquela paixão tão necessária para criar este projeto com pura imaginação, uma iniciativa do líder histórico da Revolução, Fidel Castro Ruz, que o colocou nas mãos de seu amado companheiro de luta, Ernesto Che Guevara, do comando revolucionário, junto com o jornalista argentino Jorge Ricardo Masetti, para emergir como Prensa Latina, Agência Informativa Latino-Americana, e iniciar a grande batalha pela verdade contra o enorme aparato midiático do poder imperial.

Masetti veio para a Serra Maestra como jornalista para entrevistar aqueles que estavam começando a ser heróis de uma luta revolucionária com flashes de todos os tipos. Ficou evidente desde o primeiro momento que ele chegou ao lugar preciso, para onde convergiam todos os seus sonhos e inquietações.

A Prensa Latina inaugurou seus escritórios no quinto andar do Ministério da Saúde, em Vedado, a apenas duas quadras do hotel Habana Hilton, batizado pelos revolucionários de Habana Libre, onde se concentrava a direção revolucionária triunfante ao chegar da Serra Maestra em janeiro de 1959, rodeada pelo fervor e pelo amor do povo cubano. Esses momentos são indescritíveis, mesmo para os melhores cronistas.

Lembro-me de quando conheci, muito depois da sua criação, a sede da Prensa Latina, onde ainda se podia sentir aquele fogo do início que emanava das paredes, dos velhos escritórios e mesas de trabalho. Havia também o calor dos jornalistas que se juntaram com paixão a essas tarefas de desafiar, nada menos, que a imprensa da potência imperial no mundo. Em 29 de janeiro de 1959, em uma reunião em que se discutiram as campanhas de desinformação e seu alcance em nível internacional, Masetti, ao mencionar a situação na região, acusou as organizações internacionais de ‘legitimarem o saque aos latino-americanos’.

Ele ressaltava que havia ‘várias vacas sagradas e intocáveis que se alimentam da América Latina. Uma delas é a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nós, latino-americanos, nos perguntamos por que existe se só serve para realizar conferências que nada resolvem. Outra vaca sagrada é a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

Esses 62 anos se passaram e as ‘vacas sagradas’ ainda estão no caminho da guerra, mas cada vez mais degradadas e desmascaradas, enquanto Cuba está mais acompanhada do que nunca.

A SIP havia previsto que a Prensa Latina poderia ‘durar um mês’. É que os grandes donos da mídia, que deixaram de ser meios de informação para se tornarem meios de propaganda de guerra de todos os tipos, não podem imaginar o que pode fazer a vontade de uma revolução que os derrotou militar e moralmente.

PRENSA LATINA EM NOTÍCIAS E CRÔNICAS

Em 2021, quando a Revolução Cubana enfrenta o terrorismo imperial permanente, que deixa morte, destruição e terra arrasada, quase há 60 anos, o mais longo bloqueio da história universal, ao qual se somam os fenômenos da natureza, cada vez mais devastadores pela ambição dos poderosos, a Revolução, como a Prensa Latina, está viva e surpreendendo o mundo.

A Revolução Cubana é um modelo de dignidade, criatividade, força, coragem, imaginação e princípios, entre os quais a solidariedade humana aparece como uma das maiores maravilhas em tempos sombrios.

Tempos cada vez mais povoados pelo barulho dos povos que resistem, como Cuba, essa ilha rodeada pelo Mar do Caribe de beleza exuberante, e habitada por um povo cuja história já está escrita e narrada para a eternidade.

Nesse período histórico, com a grande concentração da mídia, com a qual se gastam milhões de dólares por ano, porque é mais uma arma entre as sofisticadas que se fabricam febrilmente para tentar dominar o mundo inteiro, esse pequeno e imenso país, que supera todo o ataque do poder imperial, está aqui como um fato que às vezes parece até irreal. E a Prensa Latina continua na mesma frente de luta.

Nem mesmo em tempestuosos períodos de bloqueio absoluto e de sanções que continuam a aumentar, os Estados Unidos conseguiram render esse povo, muito menos a Prensa Latina, outro acontecimento sem precedentes na história da humanidade, que nas mais duras condições continua a sua tarefa libertadora.

Tem correspondentes em todo o mundo, que nunca deixaram ao relento os povos esquecidos e abandonados, aqueles que sofrem guerras, intervenções, fome e todas as misérias da injustiça.

Nós a vimos em lugares inóspitos – como médicos e professores cubanos – onde os perigos se escondem. A Prensa Latina esteve e está presente, também nos triunfos, nos despertares populares, como símbolo que possibilitou outros nascimentos.

Essas lutas narradas em notícias e crônicas surgem de escritórios simples e austeros de correspondentes, editores, fotógrafos e trabalhadores em todos os níveis, que sabem que também escrevem por e para povos irmãos, com um profundo sentido de solidariedade e responsabilidade revolucionária.

A Agência Prensa Latina, como a Casa das Américas e outras entidades cubanas, estão mais do que nunca nestes tempos junto com outras experiências nascidas de seu exemplo sustentando a grande irradiação cultural que mostra como o poder da imaginação e a convicção revolucionária podem ajudar nas lutas justas.

Nem mesmo os duros períodos especiais vividos pelo agravamento do bloqueio, que é um crime de lesa humanidade, podem deter esta marcha. Eles conseguem causar muitos danos, mas Cuba não está só.

CONTRA MANIPULAÇO E MENTIRAS

A Prensa Latina, como outras criações revolucionárias, semeou as sementes e o nascimento de novas alternativas de comunicação em vários países, e nos movimentos de jovens não enganados pela propaganda.

Cada dia mais jornalistas que surgem das universidades se unem à luta cotidiana contra a desinformação, disputando redes, fazendo um jornalismo de resistência, de libertação, cada vez mais atuante diante dos projetos de recolonização de Nossa América.

Acontece também no setor cinematográfico onde o cinema documentário, o rádio, a televisão e os vídeos na web são relevantes, mas ainda não demos o passo gigantesco de sair para lutar perante o mundo pelo direito dos povos a serem informados com fidelidade, como um direito humano adquirido como defende as organizações internacionais, quando tudo isso está sendo violado.

Isso significa reunir organizações de direitos humanos, sociais e políticas para preparar em conjunto, país a país, um documento que contenha a história dos danos e crimes cometidos pelos reprodutores de informações falsas, utilizado nas guerras psicológicas, hoje chamadas de Quarta Geração, e que precedem toda atividade criminosa contra nossos países.

Neste momento a Prensa Latina luta em várias frentes contra a manipulação e a mentira, enquanto se debatem novas alternativas, observando que nestes tempos de pandemia de Covid-19, em vários países, as pessoas nas ruas derrotaram mentiras custosas para o poder hegemônico e suas fundações e ONGs, sendo uma parte ativa da guerra contra-insurgente.

Durante um emocionante evento na véspera na Prensa Latina, a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) parabenizou o coletivo da Agência pelo 62ú aniversário de sua fundação e ressaltou seu trabalho destacado a serviço da verdade.

Reconheceu que no marco da temível pandemia que atinge o mundo, continuou funcionando 24 horas por dia e se converteu no site cubano com maior tráfego da web.

Por tudo isso, o agradecimento e o abraço solidário à Nossa Prensa Latina, nossa voz no mundo, a voz dos povos que ninguém consegue silenciar.

arb / sc / cm

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