Washington e seus aliados no Ocidente ameaçam parar o financiamento da ajuda humanitária como um instrumento de pressão e chantagem para impor suas condições na ONU, disse Sabbagh em entrevista ao diário Al-Watan.

Segundo o diplomata, eles não querem reconhecer que os fatos e as circunstâncias mudaram e que a ajuda humanitária não pode mais entrar na Síria através de passagens ilegais da fronteira e acabar nas mãos de terroristas em vez de alcançar aqueles que dela necessitam.

Não têm realismo político e ainda vivem nas ilusões do passado, pois a situação no terreno mudou completamente e o mecanismo atual de assistência transfronteiriça não pode continuar, observou ele.

Acrescentou que este mecanismo não respeita os critérios de preservação da soberania e independência dos territórios sírios, estipulados em todas as resoluções do Conselho de Segurança relacionadas com a Síria.

Não é transparente nem neutra e não garante que a ajuda chegue a seus beneficiários, mas facilita que as organizações terroristas a apreendam, a distribuam a seus seguidores e a usem para comprar fidelidade, disse Sabbagh.

O delegado ratificou a posição síria de rejeitar a extensão deste mecanismo e que Damasco deveria ser o centro da ação humanitária.

O mecanismo de ajuda transfronteiriça expira em 10 de julho. Os Estados Unidos estão pressionando pela renovação da resolução do Conselho de Segurança sobre o assunto para garantir que seu apoio continue a alcançar seus aliados em organizações terroristas e separatistas que ocupam partes do território sírio.

mem/fm/bm