O espetacular viaduto, feito de aço sobre fundações que mordem a rocha no fundo do pântano, tem 1.200 metros de comprimento e 24 metros de largura, e conecta o projeto de desenvolvimento urbano da cidade Plano Piloto com as regiões do Lago Sul, Paranoá e São Sebastião.
A estrutura é composta de três pistas em cada direção da estrada, duas passarelas laterais para ciclistas e pedestres, quatro pilares submersos no lago, três vãos de 240 metros cada e um número igual de arcos de 60 metros de altura com cabos de aço estirados transversalmente, o que faz com que geometricamente as cordas formem um plano parabólico.
Inspirado pelo movimento de uma pedra que salta no espelho d’água, este projeto é único no mundo, semelhante na forma, mas não no sistema, à passarela do Aquário Público do Porto de Nagoya, Japão.
O intrépido projeto, considerado a sétima maravilha de Brasília, impressiona com sua funcionalidade e arquitetura monumental, tornando-o uma obra-prima da engenharia brasileira.
Para que suas partes se encaixassem diagonalmente, foram feitos enormes esforços tridimensionais na fundação, o que exigiu um solo estável encontrado a grandes profundidades.
Chan foi meticuloso no projeto, trabalhando com toques especiais. Ele considerou a posição da ponte ao pôr-do-sol e evitou linhas retas para oferecer uma visão variada da paisagem aos motoristas, pedestres e ciclistas.
Para completar seu esplendor, o arquiteto levou em conta a iluminação e direcionou os efeitos da luz e da sombra para destacar os pontos fortes do monumento durante o dia ou à noite.
Na 20ª Conferência Internacional de Pontes em Pittsburgh, EUA, em 2003, este trabalho ganhou a Medalha Gustav Lindenthal. A qualidade estética e a harmonização ambiental da estrutura foram avaliadas.
(Extraído de Orbe)
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