É o que indicam as últimas pesquisas dos mais importantes pesquisadores de opinião, Ipsos, Instituto de Estudios Peruanos (IEP) e CPI, cujos resultados não podem ser publicados no Peru desde o domingo anterior às eleições, por mandato da legislação eleitoral.
De acordo com estas medidas, Fujimori conseguiu alcançar e superar Castillo, que esteve à frente dela durante toda a campanha, por alguns décimos de ponto, mas ainda com margens de indecisão que deixam o resultado em suspenso.
A pesquisa mais recente, realizada ontem pela Ipsos, mostrou uma diferença de 8%, com 50,4% para o candidato e 49,6% para o professor rural, sem considerar, como estará na contagem oficial, 11,1% de votos em branco e inválidos.
Horas antes, os outros dois pesquisadores colocaram o candidato em primeiro lugar. O IEP informou 40,9/40,8, com 18,3% dos votos em branco e estragados e eleitores indecisos, e o CPI com 50,9/40,9, mas nenhum deles se atreveu a fazer previsões firmes.
Na véspera, Lima era um foco de rumores e a Internet estava cheia de notícias falsas e alarmistas, como a de uma queda maciça de energia elétrica nos chamados bairros mesocráticos de Miraflores, Surco e Barranco.
No contexto de muitos dias de campanha de medo contra o candidato Castillo, essa informação falsa gerou a ideia de um possível ataque de dinamite como os que ocorreram décadas atrás, durante a atividade de grupos armados.
Também em Miraflores, rumores de possíveis distúrbios levaram um hotel e outras empresas a proteger temporariamente suas portas e janelas de vidro com folhas de madeira prensada.
O Ministro do Interior, José Elice, informou que todos os policiais e agentes foram colocados em alerta máximo para proporcionar segurança ao processo eleitoral, o que, a fim de evitar aglomerações propícias ao contágio da Covid-19, será realizado em etapas.
Para isso, o dia eleitoral foi estendido de oito para 12 horas, reservando duas horas para idosos e cada uma das outras 10 para grupos de eleitores com o mesmo dígito final em seus cartões de identidade.
Por outro lado, as Forças Armadas mobilizaram suas tropas em todo o país para guardar as urnas eleitorais e o material eleitoral.
No Vale dos Rios Apurimac, Ene e Mantaro (Vraem), onde em 25 de maio um grupo armado matou 16 civis a sangue frio, o que está sob investigação, as tropas acamparam desde sexta-feira nos postos de votação para dar segurança.
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