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Observam dificuldade dos EUA nas prioridades em política externa

Observam dificuldade dos EUA nas prioridades em política externa

Washington, 22 mai (Prensa Latina) A incapacidade do governo do presidente Joe Biden de estabelecer prioridades na política externa aumenta os riscos para os Estados Unidos, afirmou hoje um pesquisador do Instituto Cato.

Uma análise de Ted Galen Carpenter, principal investigador de estudos de segurança do Instituto Cato, aborda aspectos da política externa da Casa Branca contra a Rússia e a China e conclui que há uma direção errada da administração democrata em relação a essas duas potências mundiais.

Longe de buscar fortalecer as relações com Moscou e Beijing, o secretário de Estado Antony Blinken exortou seus aliados a unirem esforços para conter as ambições supostamente perturbadoras desses dois países, disse Galen em análise publicada no site nationalinterest.org.

Chamando o panorama de inquietante, o especialista garante que além de antagonizar duas grandes potências ao mesmo tempo, a equipe de política externa de Biden não faz muito para minimizar a longa lista de outros de seus objetivos no mundo.

Entre eles, ele observa que os componentes da chamada guerra ao terrorismo também parecem estar intactos. ‘O apoio militar dos EUA às facções que se opõem ao presidente sírio, Bashar al-Assad, parece estar crescendo e não diminuindo’, disse ele.

Mesmo, acrescenta, enquanto o governo dos Estados Unidos se prepara para enfrentar a Rússia e a China, continua atolado no Oriente Médio e sua retirada do Afeganistão, entre outros desafios, não é clara.

Galeno considerou surpreendente a abordagem linha-dura do governo em relação a Beijing, o que resultou na perpetuação do alto nível de tensões que se desenvolveu durante os anos do governo Trump.

Analistas, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior, esperam que o novo governo rompa com seu antecessor e busque uma política mais conciliatória, diz Galen, destacando que a incapacidade do governo Biden em definir prioridades aumenta os riscos para o país.

O ideal é que os formuladores de políticas dos EUA busquem uma forma de reduzir as tensões com a Rússia e a China, disse o especialista do Cato, um dos chamados think tanks naquele país.

O atual curso americano cria o risco de colisão com uma aliança sino-russa, e esse resultado pode ser extremamente desagradável para os Estados Unidos, alertou.

agp/lb/kl

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