Fazendo um balanço da complexa situação sanitária provocada pela pandemia, o presidente executivo do CCSS – responsável pela saúde pública neste país-, Román Macaya, afirmou que, se continuar a aumentar o índice de infecções, os esforços para aumentar a capacidade serão insuficientes em recursos humanos, equipamentos e infraestrutura.
A entidade está com o número máximo de leitos habilitados na UTI, tanto para pacientes críticos quanto graves, conforme evidenciado pelo fato de que na manhã de terça-feira 91 por cento do primeiro e 97 por cento do segundo estavam ocupados, disse Macaya.
No curto prazo, observou, ‘não teremos leitos hospitalares suficientes para atender todas as pessoas ao mesmo tempo, seja por Covid-19 ou outras patologias’ e alertou que ‘enfrentamos um risco iminente de que os serviços prestados não possam ser fornecidos nessas condições ideais. ‘
Para aumentar os 359 leitos de UTI (críticos e graves), Macaya revelou que o CCSS recebeu o terceiro andar da nova torre nordeste do Hospital México da capital, no qual oito dos 25 leitos já estão habilitados para terapia intensiva.
Além disso, o Hospital San Juan de Dios da capital instalou dois módulos da Unidade Médica Móvel (UMM) do Hospital Infantil Nacional que abrigarão 16 pacientes com outras patologias e permitirão 20 leitos moderados e graves para pacientes Covid-19.
Macaya reiterou a importância destes esforços, mas – afirmou – são insuficientes face ao panorama crescente do número de novos casos diagnosticados e hospitalizações, que ultrapassam a capacidade de expansão.
Após destacar o trabalho da equipe de atendimento direto e administrativo para salvar o maior número de vidas possível, Macaya ressaltou que ainda apresenta cansaço.
O presidente executivo do CCSS reafirmou que a única forma de reduzir as infecções é através do comportamento das pessoas e afirmou que ‘esta guerra (contra a pandemia) não se ganha nos hospitais, nos hospitais é tarde, esta guerra se ganha nas comunidades. ‘
Por sua vez, o gerente médico do CCSS, Mario Ruiz, que alertou que a Costa Rica está à beira da pior catástrofe sanitária de sua história, pediu às pessoas que se protejam, cuidem de suas famílias, vizinhos e amigos e continuem com segurança o trabalho, as atividades educacionais e familiares.
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